domingo, 8 de setembro de 2013

Fruto permitido . . .

Queres, mas não podes. Apetece-te, mas . . ."e se ela descobre???"
Se descobrir, talvez não seja nada que já não saiba!
A curiosidade mata . . . mata-te a ti e a ela do coração, depois de descarregar sobre ti uma Magnum 45. Pelo menos é o que aparece nos filmes, quando a gaja descobre que o gajo afinal quer mais gajas no seu rol.
Pois é, a curiosidade mata, rebenta com os miolos do pecador e de quem não conseguir escapar. A curiosidade saciada é perigosa se se quiser repetir o pecado. Do Céu afastas-te e vontade a mais aproxima-se. O risco aumenta com a vontade de arriscar, de experimentar mais uma experiência, mais uma novidade, ou uma velha curiosidade, talvez tão velha quanto a necessidade de transgredir, de ultrapassar os limites, todas as barreiras do aceitável e saltar para o fantasiosamente inevitável.
É mais uma saga entre o pecado e o pecador. Não pode dar nas vistas ou é o fim da macacada.
"Estou aqui, mas não estou . . . já aí estive. Tu não sabes, mas estive. Vasculhei todos os teus recantos sagrados, mesmo sem a tua autorização. Cheguei e rasguei tudo o que te cobria. Não quero saber o que pensas disso, mas entrei  percorri cada centímetro teu com tudo o que queria percorrer. Fiz-te coisas que até o mais impuro duvida. Deixei-te a chorar por mais, até te jogares aos meus pés lavada em maquilhagem e lágrimas, suplicas trôpegas  . . . Que belo espectáculo!".
Fantasias e mais fantasias surgem atrás de mais fantasias . . . minhas, tuas, de quem as tiver!
Os teus olhos gritam o que a tua boca não pode falar, o que o teu corpo não pode fazer, porque as regras dos bons costumes não o permitem, é promíscuo, lascívia proibida, pecado nada original . . . ou não fossemos todos filhos dele antes de sermos, alguns de nós, de uma . . . grande e ultrajante puta.
Queres e continuas a querer enquanto o teu portefólio de fantasias não se esgotar, enquanto o permitido não chegar. Dá-te mais gosto assim, é um fruto proibido, é um dos teus segredos, é todo o lugar aonde mais ninguém acede, mas és apenas tu quem pensa assim! 
. . . mas já deste nas vistas. Ela sente, sabes? Estas coisas sentem-se na atmosfera, são orgânicas!
Agora é a parte em que me divirto, a parte em que tens que disfarçar para ti mesmo, enganares cinicamente a ti mesmo, para que nem olhos, rubor  ou movimento falem. Imagino-te contorceres-te no âmago, num auto-controlo aparente e descontrolo total por dentro. 
Mas que rejúbilo é aos meus olhos, inocentes esmeraldas tão frias quanto puras . . . mas tão efervescentes quanto mil vulcões!
Agora é a minha vez de viver o meu fruto permitido, tão delicioso quanto o mais proibido, mas tão mais saboroso, porque me diverte e contigo não é dividido.

  


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