quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Escondido às claras

Por detrás de uma lâmpada apagada esconde-se o óbvio o que está à vista desarmada. Esconde-se o que não quer ser visto por olhos vulgares, sem graça ou originalidade.
Por detrás de uma lâmpada apagada está tudo e não está nada, porque não há nada para ver, porque só vê quem pode e só pode quem vê. Não tem que ser dito, não tem que ser assim tão óbvio.
"Estou aqui, é esta a minha pele e a minha carne, é este o todo e o tudo, é só isto. Que mais haveria de haver e para ver?
Só tu pensas que tenho escondido algo na manga, um subterfúgio para mentiras descaradas, à vista de todos e do nada. Um mundo interior guardado para ti. Desenganos e mentiras, só mentiras!
Queres ouvir o quê? Que vou ser o mesmo antes do que era, ou melhor . . . do que sou, do que EU sou!
Não, não pode ser assim. Às vezes as vidas atravessam-se à frente de muitos distraídos e catrapum!  . . . caem que nem tordos nas próprias ilusões e quimeras de um mundo perfeito para lá dos seus olhos, para lá da sua imaginação, mas é tudo tão imaginação, ou julgas que sou o único . . . até agora?".
A compreensão vai além da minha capacidade de acreditar, porque é mais fácil compreender que acreditar.
Acreditar pressupõe, ou não, aceitar o que não se quer aceitar, mesmo que assim seja e tenha mesmo que ser. É e vai ser sempre difícil. Sempre e o mesmo caminho da ilusão, das coisas que queremos ter e não podemos, das coisas que nos são metidas na frente para que ao menos vejamos um pouco mais, para que sejamos verdadeiros connosco próprios e aceitar, por muito que custe, por muito tempo que leve pensar que se tem que aceitar. 
Sempre a mesma luta entre o que se vê e o que é, entre uma perspectiva e outra, a que nos agrada e a que  não queremos ver, que prescindimos, seja a verdadeira ou não.
Poderás ser julgado, mas sempre em perspectiva, confundindo ao teu redor com a fumaça que lanças para de novo te esconderes um pouco, mas a verdade é sempre e será só uma! A verdade!
Estás e és às claras, para que vejam apenas o que há para ver, porque mesmo que graciado pela luz mais natural haverá sempre algo escondido, que é e será sempre apenas teu!

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