quinta-feira, 20 de março de 2014

então SEJAMOS . . .

A vida muda, surpreende-nos com as coisas mais simples, um olhar de um estranho que mantem o olhar com a mesma curiosidade enquanto expressa a sua arte, uma palavra que brota do espírito carregada de Verdade, de Vontade, de Vitória, porque é boa a sua energia, a sua força . . . a vida surpreende-nos.
A vida surpreende-nos com o surpreendente inesperado, com o maravilhoso inesperado vindo de quem menos se espera, seja lá o que move quem menos se espera . . . a vida simplesmente surpreende-nos!
A vida trás tudo mesmo que tudo sem mais nem menos pereça, mesmo que tudo sem mais nem menos desapareça sem deixar rasto ou história para contar, a vida surpreende-nos . . . deixa para trás as coisas, porque é para a frente que se anda, para a frente, se medos, destemido, mesmo que  o mauzão do menos bom se meta à nossa frente e nos barre o caminho, mas é a lei do mais forte e o mais forte não é aquele que o pensa que é, é o que realmente é, na sua simplicidade, plenitude, mesmo que não esteja escarrapachado na sua cara . . . o mauzão é fraco e não pode com o forte, mesmo que teime em barrar-lhe o caminho!
Este mundo não é para os fracos . . . mas só os fracos é que se julgam os mais fortes, porque os que são fortes apenas SÃO, simplesmente SÃO, não deixando espaço para dúvidas, não deixando espaço para a decepção, estão onde devem estar com a consciência do que são, porque SÃO.
A vida surpreende-nos e quando menos esperamos, já lá foi o que não é bom, o que é fraco, o que barrava o caminho e ficam apenas os que SÃO, os fortes e como estes SEREMOS, talvez porque já o SOMOS . . . então SEJAMOS . . .

terça-feira, 4 de março de 2014

Loucura insana

Há momentos em que perco a humildade, perco-me e acabou-se nesse instante tudo o que de melhor construi, tudo o que de mim foi dispendido em nome do que as palavras não descrevem, em nome de nada que valha apena espreitar.
Há momentos em que perco tudo de mim em que investi, tudo o que me constrói, todas as peças do meu puzzle, do meu sistema, fico baralhada e não sei o que é o quê, onde estou ou quem eu sou mesmo.
Há momentos em que eu quero ser tudo o que eu não posso nem quero ser, mas a loucura que se respira empurra-nos para todos os becos mais obscuros, onde tudo o que vemos e ouvimos são coisas que preferimos pensar que não existe, que são fruto da nossa imaginação apedrejada pela insanidade que polui o ar.
Há momentos que prefiro pensar que tambem eu estou louca, que no espaço onde é suposto haver um coração existe apenas espaço e que nem pedras lá conseguem estar ou não é suposto, porque eu sou mais uma louca em pensar que é suposto existir coração, que nada do que vivo é verdade e que tudo é fruto do pesadelo a que chamo imaginação, que há Sol e que só eu vejo as nuvens, que as sombras são as coisas, que as coisas são as sombras, que o que está mal é o que está bem, que o rasto de lixo deixado por alguém afinal são belas e perfumadas flores, que o que engana e mente afinal é honesto e diz a verdade, que o que é certo é errado e que o que é errado é certo.
Há momentos em que penso que tudo perto ou longe está louco e que o que é são está mesmo muito longe, que a peste que insandece as pessoas cavalgou para lá de todas as distâncias e que a insanidade mutou-se como que um virus, que eu peguei a minha loucura enquanto me curava dela, que a loucura assumiu formas assustadoras, que saiu do sítio e está a alastrar outros cantos, outras distâncias.
Há momentos que saem coisas da boca das pessoas que eu prefiro pensar que é imaginação fértil em excesso, daquela que acrescenta a onde não existe, daquela que tira onde há mais qualquer coisa . . . qualquer coisa assim, mas é sempre minha maginação e que tudo voltará ao seu lugar . . . se assim a coisa deixar!
Há momentos que grito que no interior e as lágrimas jorram são para dentro, deixando o rosto caído e apático, como se o queixo fosse a parte mais pesada do corpo, as maçãs do rosto a descair e a ação sofrida.
Depois de tanta loucura insana há momentos em que a paz que sinto é tão grande, mesmo que pelas coisas mais pequeninas e insignificantes aos olhos de quem pensa que tem tudo, que a minha loucura dispara para lá das coisas alcansáveis ou não fosse louca a minha loucura, para depois regressar a má e insana loucura, a que nos consome e nos faz ver as coisas ao contrário do contrário, que revira novamente tudo do avesso do avesso para que a coisa fique mais ou menos num sítio qualquer.