terça-feira, 25 de junho de 2013

O que ainda não sei . . . o que quero viver . . . é simples

Ainda não sei tudo nada que valha a pena saber. É tanta coisa, mas tanta e o quanto o mundo tem a me ensinar é grande por demais! É mesmo muito.
O quanto eu ainda não sei é imenso, é disforme porque tem todas as formas de tudo, tem todas as formas do mundo, das gentes que nele habitam, de todos os rostos e formas descabidas nas formas.
Não pretendo ser Deus, apenas um pouco mais sábia, um pouco mais em contacto com o mundo do conhecimento, da sabedoria útil e proveitosa para que possa ser mais feliz e, quem sabe, também outros fazer feliz.
Quero parte e fazer parte do mundo, ou de um mundo, que não se cobra, seja de que forma for, a sabedoria que se dá de graça e com boa vontade, com princípios, meios e fins, mas fins que sejam simplesmente e apenas os que dão paz e sapiência para o passo seguinte. Não quero que me julgues mal, mas quero ser um pouco mais feliz que o que julgas que é possível.
Nos meus gostos não sou exigente. É simples, uma casa ao pé ou à beira-mar, não precisa de ser muito grande, apenas que seja cheia de muita luz, em que as cortinas possam esvoaçar livremente, enquanto a corrente de ar atravessa toda a casa e os cheiros mesmo os vindos do continente a atravessem e contem as histórias que que ouviram falar. Cada brisa de vento traz um novo alento, uma nova alegria, um novo nascimento cheio de amor gerado, cheio da bênção dos céus e alegria para os pais que o seu rebento já amavam antes de o conceber, antes até de o imaginar.
Sair de casa pela manhã com os pés descalços, enrolada numa túnica confortável e lavar o rosto com a água salgada da maré; agradecer a Deus pelo dia de hoje e por tudo o que há de bom e me torna mais preparada para esse dia. Regressar a casa mais revigorada para abraçar as tarefas a realizar, as obrigações a cumprir de peito aberto a tudo o que poderei aprender para me tornar, também, uma pessoa melhor . . . melhor mãe de quem não o sou, melhor irmã, também de quem eu o escolhi, melhor filha de quem me gerou, mesmo que um processo lento seja.
Ir para o mundo viver o que há no mundo para viver e regressar a casa no final do dia, para os meus livros, para a minha guitarra, sentar numa cadeira de praia, ou encostar numa rocha, recebendo nos pés as suaves e calmantes ondas da maré me acalmam ao pôr do Sol.
Ter próximos os amigos que sabem o que realmente é a amizade, a verdadeira amizade, que tem tanto amor de amigo, quanto o amor de quem é verdadeiramente amado. . . e a família para retribuir o que a nós foi dedicado. 
Dar a quem me deu, porque o ser feliz pode ser a melhor moeda de troca; ficar feliz com a vossa felicidade, porque como tantas vezes o repeti, abençoados são os que são felizes com a felicidade de quem está feliz. Procurar contribuir para a felicidade de alguém, porque quem contribui com o que pode, a mais não é obrigado, desde que seja de coração!
Quero apenas poder viver o imensurável prazer das coisas simples, de tudo o que não carece de exuberância, o prazer da intimidade das coisas, dos breves silêncios, da acalmia das ondas do mar, do calor dos últimos raios de sol do dia na minha pele, do desenho do pôr do Sol junto ao mar, do cheiro das ondas . . . simplesmente as coisas simples.

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