segunda-feira, 17 de junho de 2013

Gosto . . .

Gosto de ti quando não me conheces, quando me conheces, passo a não querer estar aqui.
Procuro-te quando ainda não me conheces, assim que percebes quem eu sou, fujo, fujo com medo de ti e de tudo o que conheces em mim.
Quero-te conhecer à distância, longe, mas perto. Quero-te conhecer sem que tu me conheças, sem que me atinjas ou alcances, porque é assim que eu sou.
Quero perceber-te e ter-te sem que tu me tenhas, sem que consigas alcançar o que quiseres conhecer. Preciso deste jogo.
Jogo contigo mesmo que não saibas jogar. Não interessa saberes jogar, interessa apenas que sejas e me deixes jogar . . . ou estar.
Jogo ao gato e ao rato, ao que me deixas jogar.
Escondo-me atrás de ti, vejo-te sem me veres a mim, sem saberes quem eu sou, apenas e simplesmente fico feliz quando me escondo atrás de ti.
Jogo, jogando-te na dúvida, na incerteza do que existe em mim, verdadeiro ou falso, o que será ou não será, o que importa?
O que realmente importa, em mim que existe, é apenas meu, apenas eu tenho acesso e assim deverá permanecer. 
O que queres conhecer é demasiado para ti, não tens um mundo suficientemente complicado para caber ou encaixar toda a minha complicação. Fica-te pelo que eu quero que saibas, que é menos de um terço do que queres saber. Já tens o teu mundo para resolver e quanto a isso nada quero ou posso fazer!

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