sexta-feira, 18 de maio de 2012

Quero . . . de novo . . .

Ainda tenho o teu cheiro colado a mim, dá-me saudades da tua pele, tocada pelo divino, em que escorreguei enquanto estavas ali.
O teu cheiro inebria-me e deixa-me a pairar sobre a tua imagem no meu pensamento.
Quero cheirar-te de novo, o teu cheiro doce, suave que há tanto se adivinhava.
Tenho saudades da tua pele branca tão angelical e macia como ceda acabada de tecer.
As rudeza das tuas mãos contrasta com a delicadeza do teu toque, que abre o meu corpo ao teu.
Deixei as minhas mãos explorarem e perderem-se pelo teu dorso musculado e firme, sem culpa nem medo, apenas pela luxuria de as satisfazer.
Deixaste as saudades do teu cheiro a algodão doce e óleo de bebé, que me embriaga e adormece como ópio para o meu corpo.
Quero tocar-te de novo e sentir a tua forma junto da minha.
Quero encostar-me de novo a ti e sentir-me segura, amparada, abraçada assim como me permitiste sentir.
Quero ter-me de novo nos teus braços entrelaçados nos meus e as minhas pernas perdidas nas tuas.
Quero sentir de novo o teu respirar de anjo que adormece profundamente e acorda a qualquer hora, como a qualquer hora fosse alvorada, com os tímidos raios de Sol a iluminarem o teu rosto, meio ensonado, meio acordado.
Quero enroscar-me em ti e ouvir as primeiras ondas do mar da manhã irromperem sobre a areia, sem lhe pedirem autorização ou permissão para a acariciar, aquecida apenas com o calor do teu corpo.
Quero acordar e sentir o todo de ti em tudo de mim, para que possa voltar adormecer, perder-me no meu sonho e encontrar-me em ti.  

Sem comentários:

Enviar um comentário