quarta-feira, 9 de maio de 2012

Quanto mais tempo vai isto durar?

Quando dói, dói, não interessa se é pai se é mãe ou de onde vem, mas quando a ferida abre, todo o sistema que não existe não atua, por isso mesmo, porque não existe. 
"A história repete-se !", dizem alguns, "o que ainda não está resolvido e ultrapassado volta sempre e volta a repetir-se enquanto não se resolver interiormente!". . . é aqui que entram todas as teorias psicanalíticas, espirituais, analíticas e outras que tais.
"A culpa é sempre do indivíduo, porque atraiu o que tinha que viver, o pensamento negativo atrai coisas negativas, faz parte da aprendizagem, da sua evolução, fez algo na outra vida e está a pagar agora, está a viver o oposto, porque para evoluir tem que vivenciar os opostos, para poder escolher, é o karma e o darma, foi o que se escolheu antes de entrar no corpo em que encarnou para viver uma nova viagem, uma nova passagem!", e por aí adiante, entre outras que não me lembro agora, mas o que é certo é que dói!
"Tens que largar as saias da tua mãe! 
Tens que ser emocionalmente independente, não podes estar à espera que a tua mãe esteja sempre para ti, tens que deixá-la viver a sua vida, tem direito a isso, e se não tivesses a tua mãe perto de ti e contactável? . . . tens que aprender a superar e a resolver tudo sozinha, pela tua cabeça, e se tivesses filhos? . . . já tens idade suficiente para isso!".
Está tudo muito certo, é tudo muito bonito, mas e quando a nossa mãe tem que escolher entre nós e o companheiro?
E quando o companheiro mostra afectos que não era suposto mostrar?
E quando uma mãe para não perder o afecto do companheiro nem a sua existência, não consegue deixar bem ciente que há coisas que só dizem respeito a uma mãe e a uma filha, as chamadas conversas de mulheres?
Mas filhos fazem parte de opções? Escolher entre filhos e companheiro? Quando deixamos de ser filhos?
E quando o companheiro é um ser frustrado que tira proveito das suas frustrações para controlar a vida de todas as pessoas à sua volta, inclusive a relação entre mãe e filha?
E quando após o esforço de um filho para conquistar a sua mãe, ela fá-lo sentir-se como algo que se escolhe ou se põe de parte?
"Foi as escolhas que fizeste para esta vida, no plano etéreo escolheste viver essas experiências!". Olha que alívio! . . . já me sinto muito melhor! . . . que bom que é sofrer e sentir ser posto de lado. 
Quanto mais tempo vai isto durar? 





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