segunda-feira, 14 de maio de 2012

Pérolas a porcos e tempo precioso perdido

Como são frágeis os egos rejeitados, feridos pela própria falta de coragem, pela própria incapacidade de perceber que só se é objecto quando se quer tirar prazer de se ser objecto.
Quão desnecessária é a zomba de quem não sabe ser Homem com "H" grande, de quem não sabe ser digno de respeito pela sua condição de amigo. 
Ainda bem que tens muitas amigas com quem possas ser quem és sem reservas! . . . pelos vistos o tempo que te permiti seres quem és na tua plenitude, foi um desperdício completo! 
"Pérolas a porcos . . . e tempo precioso perdido!", diriam alguns!
A quantos de nós é dada a liberdade de ser quem realmente somos e ainda aceitarem-nos, simplesmente, porque somos como somos? 
Pergunto o que significa "(. . .) Tu para mim és um amigo, vejo-te apenas como um amigo!"?
Será que a eterna tentativa do homem deixar os seus genes, não o deixa ver que há várias fémeas e que estas dão sinal ao macho quando estes podem invadir o território sagrado?
"Mas o que é que achas de mim, achas que sou bonito?. . . se não me conhecesses e me visses na rua   . . . como é que me descreverias? . . . o que é que em mim atrai as mulheres?". 
"(. . .) mas, porque é que nunca nos envolvemos?", a pergunta que confirma percepções aproximadas à evidência, umas negadas outras nem por isso, que de repente deixa a sensibilidade a quilómetros a mente e a crueza da verdade à tona. A resposta tola, sem nexo, repleta de disparate por forma a dissuadir de ideias menos apetecidas, com concretizações ainda menos possíveis de acontecer, toma vida e vibra nos meus lábios, tornando-se num som incomodativo que prescindia de ter de produzir.
Sempre podia mentir e deixar no ar a esperança de uma aventura tórrida, uma promessa por cumprir, uma fantasia a realizar, mas não consegui, estaria a boicotar a minha própria vontade com um desfecho imprevisível e de certeza nada prazeroso.
A abertura de espírito, não se leia abertura de pernas!
Eu aceito e compreendo o que faz a reposta de rejeição, mas estes espinhos também deambularam pela minha vida, por muito tempo, sem que eu as desejasse e não foi por isso que humilhei quem me rejeitou . . . ninguém pode obrigar-me a ser o objecto sem que eu o queira ser!
Sexo? . . . Sim, com sentimentos de paixão, amor, desejo, naturalmente . . . não sou uma vagina ambulante, pronta para a acção assim que solicitada. 
Que mal vem ao mundo não querer me envolver com quem não desejo, com quem não desperta tais luxurias da carne?
Um ego masculino ferido e rejeitado tem mais farpas e lanças afiadas que uma tribo canibal e parece-me que o teu atingiu o apogeu do desabamento!
Tenho pena de ti!
Que fique bem claro que me sinto muito feliz por não ter que recorrer aos serviços disponibilizados pela tua "amizade", pela tua "consideração" por mim, pois sinto-me feliz porque posso escolher o que quero.
Para se dançar um tango são precisos dois e não me parece que algum dia venhas a ser o meu par! 

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