quarta-feira, 4 de março de 2015

Marte e Terra

Não me conheces mas chegaste lá. Talvez nunca nos venhamos a conhecer, ou talvez sim, mas o facto é que da tua boca saíram tantas palavras que sairiam de dentro de mim mesma em tantos outros momentos, noutras ocasiões, noutros contextos, mas não sei como, o que é certo é que me fazes querer aproximar-me de ti mesmo que aos meus olhos seja impossível.
Eu venho de Marte e tu és deste mundo. Mas o que é certo é que sem me conheceres entendes-me como poucos. É difícil ter que ser assim, mas que posso eu fazer?
Marte está longe da Terra e a viagem que eu teria que fazer para to dizer levaria talvez a mesma eternidade que levei até saber que existias.
Como muitos poucos fizeste o que faço, falar por alguém ou por si mesmo onde existe um entendimento de onda muito forte. Pelo menos é o que sinto e é difícil deixar de te ouvir sem reconhecer cada momento em que se viveu o que foi escrito, nem que por momentos muito breves e quase à velocidade da luz, mas com a intensidade do sol no coração.
Ao menos sei que também existes e mesmo que não sejamos almas gémeas fico feliz por mostrares os símbolos que me guiam, as palavras que a minha alma expulsa, nas notas que gostaria de saber tocar.
Não sei bem a quem agradecer, ou talvez saiba, mas fá-lo-ei no momento certo, faço-o também a ti cantares as palavras do que tantas vezes senti não tendo vivido a mesma vida, nem ao mesmo tempo nem no mesmo planeta.
Tu és de Terra e eu de Marte, mas seja como for, obrigado por me fazeres sentir que há bem mais gente que sente o mesmo que eu sendo público ou anonimato.
Tudo o que vos desejo é o mesmo que desejo a mim, tudo de bom mesmo que eu seja ou esteja em Marte e tu na Terra.
Obrigado e sucesso

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