sábado, 23 de abril de 2011

Será Que Já Comecei A Crescer?

Como é que se dá fim a um amor inacabado, a uma esperança de mudança para que tudo volte a ter apenas os seus contornes positivos e fim dos destrutivos, a um medo que nos consome por sentirmos que não vamos conseguir voltar a amar reciprocamente ou ser amado reciprocamente, que só o verdadeiro amor - que é um sentimento natural - tem essa capacidade, o amor que não olha a contas bancárias, mas sim ao que ambos podem dar e não ao que cada um pode receber.
Será que isso é apenas uma invenção, mas porque é que há pessoas que o sentem e outras que não???
Não quero saber do que os psicólogos dizem " . . . o amar demais está relacionado com as carências afectivas vividas na infância, adolescência, acontecimentos que afectaram a auto-estima e auto-confiança, procurando no exterior a satisfação das necessidades. Se não houver intervenção psicológica desenvolve-se alterações na noção da realidade, estado de pessimismo e baixa resistência às adversidades da vida . . . etc."
Muito bom o meu prognóstico, não???
Mas a ilusão é tão grande, que não sei em que acreditar.
Crescer é duro e difícil, seja em que idade for. " . . . ainda continuas a errar , tu não aprendes, já cometestes demasiados erros na tua vida! . . . O que tu fizeste a ti mesma foi muito grave!".
Apenas quis viver o amor, acabar com as minhas carências e buscas doentias e paixões platónicas, quase ou até mesmo patológicas, mas não era o caminho correcto.
Teria que ter passado por isto para me livrar ainda de outras coisas ainda mais profundas? . . . Assumo e reconheço que houve momentos em que me vi na pele de algumas pessoas com as quais fui extremamente dura durante toda a minha vida. Tudo o que crucifiquei e apontei a essas pessoas pelo que me afectou, foi compreendido, aceite e perdoado. Afinal havia muito muito peso que me estava a destruir por não aceitar e  perdoar, ainda mais porque essas pessoas são quem são e têm a importância que têm. 
Confesso que preferia aceitar e perdoar, mas de uma forma menos dolorosa, destruidora, caótica.
Os meus dramas afectivos serviram, ao menos, para me livrar de um peso muito grande que carregava há  demasiado tempo. Aceitar e perdoar é libertador! . . .será que aos 34 anos é que comecei a crescer?

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