sábado, 6 de abril de 2013

O que queres tu perceber?

O que é que queres tu perceber, se nada podes entender.

Perguntas e perguntas e continuas a perguntar! . . . Mas nada te quero esclarecer! . . . É apenas um momento, estou aqui, apenas e unicamente um momento!
Que queres tu entender???

Não basta perceberes que nada há a entender? Nada há para que se perceba?
É assim tão difícil entender que não te quero explicar, apenas que pura e simplesmente me entendas sem, mesmo o entender???
É como assim é, as coisas são o que são, nada em mim é fácil de explicar e por aí está explicado!
O que é que queres entender? Os meus mais profundos e obscuros segredos? Os meus mais sagrados e impartilhaveis meandros e alvoraçados labirintos, que nem eu ainda desbravei?
Estás a tentar ir longe demais, para lá do teu ou do meu conhecimento, para lá de tudo e de todas as coisas, atrás de todos os mais impenetráveis e obsoletos segredos.
É demais!
Acaba com isso ou eu acabo com isso por ti!
Contenta-te apenas com o tudo o que te dou, ou não te contentes e nem tentes contentar. Buscas tudo quando eu nada tenho para mostrar.
Procuras entender e ligar o que nada existe para ligar, assim foi dito e assim foi feito para ficar.
Entende que de outra forma não te consigo explicar. É confuso, são pontas soltas, deixa-as ser sem lhes tocar, não importa, não interessa, são apenas e meras pontas soltas, coisas deixadas no ar!
Deixa porta aberta se me queres deixar entrar. Não digas, "...entra", porque não vou entrar. Deixa a porta entreaberta para alguma brisa correr, para o cheiro do mar entrar e querer aí permanecer. Não me digas "...entra", se eu não quiser não vou entrar.
Perdes-te com as coisas confusas, pontas soltas, mas em nada se pode usar o que costumas usar. Tudo neste lado é diferente, é parte dos demasiados diferentes que não se deixam, nem querem deixar decifrar. É parte de tudo que é apenas o que é, confuso, indecifrável, mas é apenas o que é.
Não forces a entrada, porque não te vou deixar entrar.



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