quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Platónico ou ilusão

Sinto saudades tuas mesmo que não possa ou deva admitir. Eu gosto de ti mesmo que não faça sentido e o mundo não entenda. Mas também não é preciso que o mundo entenda o porquê de tanto sentimento por tão pouco recebido.
Escrevo estas palavras como se estivesse a tocar uma melodia no piano. As emoções que tocariam baladas são as mesmas, iguais às do pianista que vê as notas nas teclas e a música na pauta. O seu cérebro pinta melodias e fábulas na mente, no ecrã da visão, nas névoas que ondulam no seu horizonte mental, no seu mundo secreto onde só ele entra e paira, desliza e mergulha.
De nada serve os racionais e lógicos entenderem a razão pela qual te amo por tão pouco ou quase nada. 
"Isso não faz sentido nenhum . . . não existe nada . . . levas tudo muito a sério!"
"Este mundo não é para platónicos . . . não há nada!
De facto, não há nada que se leia aos olhos de quem não sente, aos olhos de quem nada entende do que seja subtil, aos olhos de quem nada entende do que é sensitivo, que se sente e que não é para todos verem, apenas para os intervenientes.
Eu quero lá saber se é lunático, esquizofrénico, delírio ou ilusão, quimera ou miragem, mas eu sei, tu sabes, ele/ela não sabe, nós sabemos, eles nunca entenderão, vós nunca percebereis, eles/elas nunca o sentirão, porque quem nunca vive ou se ilude, nunca saberá o que não é ilusão!

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