sexta-feira, 4 de maio de 2012

Quero o teu colinho

Senti a tua falta. Não sei se foi apenas a falta de colinho que me acordou para ti. São daquelas coisas que não se espera, mas que é bom sentir.
Vi-te dirigires-te até mim, no teu ar descontraído de quem a alma transborda o corpo e o tempo. 
O teu sentido de humor incendeia-me mais que a minha paixão por ti. Eu pertenço-te, porque quero ser tua e tu pertences . . .
Derreto-me no teu riso, desfazes a minha carne com as tuas palavras, enterneces as minhas arestas e mostras-te aberto a mim.
Adoro ouvir o som da tua voz, o xadrez sem mesa, adormeço ao som da tua boca.
Sabe-me bem pertencer-te e ser comandada por ti, porque comandas-me para onde desejo estar . . . os teus comandos são ordens de realização dos meus desejos, mesmo que penses que eu vou para onde desejas.
Como me sabe bem sentir saudades tuas, como me sabe bem saber que te vou ver, como me sabe bem saber que te vou agarrar com os meus braços e sentir-te entre os meus dedos.
Queres sentir o fogo da minha paixão e a força do meu desejo que te vão deglutir, consumir o suco do fruto do teu desejo, refrescar o teu corpo nas minhas gotas de suor.
Quero o teu colinho, quero sentir-me dentro da conchinha protectora, quero que os teus braços me abracem e me escondam do mundo. 
Quero adormecer nos teus braços enrolados em mim, sentar-me no robusto das tuas pernas, colar o teu tronco no meu e fazer de conta que ficaremos assim para sempre.
 

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