Parar e reflectir, de novo sobre tudo, reavaliar, verificar o que realmente importa, quem realmente importa.
Não é demais parar, excluirmos-nos por momentos do mundo e rever quem é quem, quem faz falta a quem, o que importa para quem e não ter medo de nada, não ter medo da solidão, não ter medo do mundo.
Afinal, tantas vezes estive sozinha no mundo e agora é voluntariado, retiro espiritual ou existencial intencional.
É neste momento o que necessito sem imposição de alguém ou de quem quer que seja, sou eu que me imponho a mim mesma, porque sinto necessidade disso neste momento. Não dizer nada a ninguém, pura e simplesmente viver e estar comigo entre os outros, o que é bem diferente de nos sentirmos sós no meio da multidão, é estar no meio dela e não os sentirmos sós, sermos apenas mais uma pessoa entre tantas que vive no mundo.
É estranhamente saboroso esse estado de não precisar de ninguém, é o culminar de tudo, porque não é imposto, é uma necessidade que vem naturalmente de mim. É o estar não estando, é o até logo que já venho, eu estou aqui, mas agora não estou.
É o cortar com velhos medos da solidão, porque quem realmente gosta de nós respeita e compreende. É o momento de viver o desafio de enfrentar esses velhos e incomodativos companheiros.
Vida social é algo que tem que ser saudável. Se não sou uma pessoal mega social, é talvez porque me preenchi comigo. Esses momentos têm o seu timing e quando tiverem que voltar, assim voltarão. Mas neste preciso momento é viver o agora sem pânicos, angustias ou mágoas, porque não há espaço para elas, a vida é demasiado longa para ser ocupada com tantas tristezas e sofrer durante tanto tempo . . . não me parece.
Portanto, estou aqui mas não estou, estou no meio da multidão, mas apenas mais uma sou, vou peneirar a minha vida e ver o que resta, o que sobra, e com tudo isso fazer a minha maior fortuna interior.
Até logo . . . que eu já volto ;)
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