Fugi para não fugir de mim,
Tentei esconder-me, mas não consegui,
Tentei escapar, mas fui apanhada,
Nuna curva traiçoeira e quase num nada.
Sim, nada!
É estranho ser tão nada?
Não, não é estranho,
Para quem vive no estranho,
Ao nada que me agrada.
É um jogo de palavras confusas
Baralhadas e perdidas,
Confissões negadas e embebidas
Quase quebradas e sem vida.
Neguei-me ao que não era meu,
Para mais tarde me dissipar,
Entre as brumas e promessas,
De um mundo que empalideceu.
Fujo e fugirei,
Até voltar a me encontrar,
É certo que me encontrarei,
Como sempre me gostei de achar
Nas horas em que me encontrar
Por certo não estarás aqui,
O que importa é que ao voltar,
Eu esteja feliz para mim.
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