Sigo-te, penetro-te com a força de quem quer viajar para fora do mundo, para longe de mim, para longe de tudo.
Suavizas os meus medos profundos de tudo e deixas livre o meu caminho de gavião.
Escolhes ser tu mesma a seres quem queres ser e olhas em teu redor, o que está perdido de si mesmo num grão de areia pura e densa, calma e intensa solidão,.
É o mundo, o planeta que te rodeia e te deixa rodopiar por entre as arestas em que brincas como uma criança crescida, aos papás e às mamãs sem saber nada da vida.
Finges que és descoberta com o ar de espanto de criança no seu vestidinho branco com uma barra azul cetim na borda da saia, com o seu lacinho vermelho vida na cabeça, segurando os ondulados e longos cabelos alourados.
Divertes-te como uma criança vil de tanta ingenuidade e espreitas por entre a cortina branco linho do palco no meio das nuvens.
Estás no céu e brincas como uma criança pura que se esconde e aparece, que espreita de curiosidade.
Brinca mas não te deixes perder pela vida, pelo mundo incerto e desconhecido que acorda ao acaso e acorda o acaso.
Bebes da minha pele gasta de tanto viver uma vida após vida, de vidas vividas e entristeces-te ao descobrires quem sou eu.
Sou quem te sufocava as noites não te deixando dormir, acordando quando a minha tesão vil te despertava desejos cultos.
Fiz-te sentir os orgasmos intensos enquanto dormias, aproveitei-me da tua beleza, já que mais ninguém ousaria.
Deixei-te nos teus braços a dúvida de quem seria, mas enfim descobriste, porque jamais te mentiria.
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