Tenho a minha memória de ti despedaçada, em pedaços baralhados, confusos.
O que deixaste plantado deixou a imagem turva, negra, vazia de todo o brilho que raiou dos meus olhos como candeias que iluminam um caminho.
Já não existes. Morreste por vontade própria, foste invadido pela sombra da ganância ou revelaste-te?
Preferia pensar que te deixaste levar pela tentação e esperas ser salvo.
Mas vejo-te vazio de alma por detrás da tua forma humana, como que matéria inanimada vazia de compaixão e humanidade.
Já para ti não olho. Para onde foi e para onde vão os ti's desta vida e deste mundo?
Será um buraco negro que suga a energia e os sentimentos brilhantes das pessoas?
Será a transformação do Mundo?
Onde está o meu ti?
Sinto-me de luto, porque morreste.
Morreste, mas deixaste o teu rasto em forma de memória, por isso pensei que eras tu quando vi a tua forma física.
És uma alucinação materializada do que guardo na memória do passado longínquo.
Paz ao que de bom em ti morreu . . . paz ao que de alma em ti havia.
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