Não bate certo, é errado, não faz sentido, é absurdo, ridículo. Irmãos de sangue . . .
É uma coisa que nasce do mesmo ventre que nós, mas que connosco nada tem a ver, é como se o útero de uma mulher não fosse mais que uma fábrica de gerar coisas que todas montadas e no sítio certo vamos depois lhe dar um nome e dizer que é um ser humano, apenas porque foi gerado no ventre de uma humana.
Quando nascem ao mesmo tempo chamamos irmãos gémeos e quando nascem separados por anos, que um é mais velho ou mais novo, em função da ordem. Mas não deixam de ser coisas. O que lhes é programado é uma coisa diferente . . . Há quem chame a isso educação, mas eu continuo sem saber o que é que programam realmente nessas coisas a que mais tarde lhes chamam pessoas.
A culpa é dos pais, mas já há quem diga que é dos avós, outros ainda dizem que a culpa é dessa coisa a quem chamaram pessoa, só porque essa coisa pode escolher. Por mim, não sei o que pense, o que diga ou ou o que faça.
É estranho. Na prática nasci depois de uma pessoa, mas porque deveria eu pensar que essa pessoa podia gostar de mim!
Não consegui mentalizar-me de que os irmãos não têm que se dar bem, não consigo compreender que os irmãos se olhem e achem que o outro é ridículo apenas porque não pensa da mesma maneira.
Eu não sei o que lhe fiz!
Que diabo tem ele no corpo?
Qual é a parte do "ESTÁS A SER UM MONSTRO" que ele ainda não percebeu? . . . Ah! . . . ainda não lhe disse?!? . . . Pois é, já me esquecia que ainda não foram pronunciadas estas palavras!
Que culpa tenho eu da tua infelicidade?
Que culpa tenho eu da tua infelicidade?
Que culpa tenho eu de não teres os progenitores perfeitos?
Esqueceste-te que são os mesmos progenitores imperfeitos que os meus?!? . . . Lamento dizer-te que são os mesmos!
Esqueceste-te que são os mesmos progenitores imperfeitos que os meus?!? . . . Lamento dizer-te que são os mesmos!
Pau mandado das mulheres e aceitas lixo como se fosse luxo. Não fosse a tua progenitora a ver que te ofereceram lixo e a colocá-lo onde ele pertence, amaciavas a pele do teu rebento no rançoso óleo oferecido por uma não menos rançosa anciã, do mais vil instinto e corrosivo ser. Mas o feitiço é um doce veneno que te embriaga e te faz esquecer quem sacrifícios por ti fez, quem te protege mesmo que desdenhes e ignores como se não existisse.
Queres um séquito à tua volta para te venerar e serem teus escravos. Queres copiar a feiticeira frustrada, ruim e pior que todo veneno do mundo, que veneras e que te apaparica com mais doces feitiços deixando-te dormente, sem capacidade de agir porque o teu vazio encheu-se do feitiço da Lua Negra, aquela que te cega e insignificante te deixa dentro de ti mesmo.
Onde está a tua inocência, a tua pureza, aquilo que faz de ti uma pessoa, aquilo que faz de ti gente?
Tens ódio pelas pessoas erradas, tens desdém pelas últimas pessoas por quem poderias senti-lo.
Porque ainda te protejo? Não sei, é tal vez parte da minha cruz! . . . Ou estarei eu a proteger-me a mim de mais sofrimento? . . . Esta última é bem verdadeira, mas certeza porém que a verdade virá ao de cimo e aí, esquece, não poderei mais defender-te, porque nem tu nem eu saberemos se estarei cá para o poder fazer!
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