Já disse e repito, não suporto a falta de bom carácter, não me diz nada as atitudes que alimentam aparências, não me enriquece a mente, o espírito e muito menos a carteira . . . é vazio!
Nada posso fazer para mudar o que já era antes de eu ver ser, ou perceber que é, ou até mesmo que não queira acreditar, mas que irremediavelmente é.
Confunde-se o que parece com o que queremos que seja e apenas vemos o que queremos. O que queremos que seja torna-se real, crua e cinicamente real. As peças encaixam, tudo faz sentido, até que tudo o que quisemos ignorar esbarra-se na nossa cara da forma mais gélida, indiferente, seca, distante. Implodimos silenciosamente, mantemos a pose, como se nada fosse e seguimos de cabeça erguida, porque o que somos aqui, somos ali, dentro das quatro paredes ou em campo aberto, com quem costumamos ser, estar, ver, falar, nem que seja para dizer "Bom dia. Está bem disposto hoje?"
Tudo tem uma razão de ser, um bem maior, uma alegria suprema, a passagem de uma palavra da boca de alguém para a boca de outrem, que por sua vez passa a palavra a mais alguém. Tudo tem o seu haver que ser.
Eu não me dou a quem não dá e só dou o que recebo, seja pobre ou rico, seja fino ou fatelas, seja alto ou seja baixo, seja gordo ou seja magro, tenha olhos castanhos, verdes, azuis, cor de mel, mesclados, seja definido ou indeciso, seja que raça for, credo ou profissão, não esquecendo o parentesco, mas só me dou a quem me dá, só me entrego a quem a mim se quer entregar.
Eu assumo, gosto de ti, seja isso certo ou errado, sejas a melhor pessoa do mundo ou um cobarde e vil mal disfarçado, seja perda de tempo ou disparate. Platónico ou realidade conquistaste este meu mundo em profundidade.
És mais rio que corre até um dia secar, nova chuva cair e novo rio se criar. Deixarás a marca do teu percurso, mas as poeiras que o vento arrasta logo, logo apagarão a tua existência. Sementes de plantas belas e perfumadas ocuparão esse lugar, de novo o ar amanhecerá perfumado e onde um dia foi um rio que secou, será o mais belo jardim inexplorado!
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