Há coisas ou fenómenos estranhos, sem explicação aparente, sem motivo que se entenda, sem um porquê lógico, mas parece que uma contradição,ou contrariedade, que ganha força à medida que a nossa força de vontade de ser aumenta.
"Escreves coisas que não deves!"
Mas o que é que se deve escrever?
Mas o que é que se pode escrever?
A quem tenho eu de agradar ou não provocar?
Mas em que mundo vivo eu?
Mas eu sou alguém que ameace a vida de quem quer que seja?
O quê, dizer aquilo que está à vista de todas as pessoas e que todas elas falam pelas suas palavras, pelas suas bocas, está proibido?
Vou prejudicar a minha vida apenas porque sou contra o que quer que seja que eu esteja contra e discordante com quem me recuse a concordar?
Eu sei que o tempo da PIDE nunca morreu, apenas mudaram de roupa e estratégias . . . afinal os mandantes precisam de pessoas livres que possam votar, ou estaríamos todos atrás das grades, uns por terem cometido crimes outros por discordância com os não menos criminosos ou controversos.
É assim que se vive. Não sabemos quem são os nossos conhecidos, aqueles que poucas palavras usam para se expressar, aqueles que apenas com um sorriso nos respondem, com ar aquele ar típico de quem sabe tudo e esconde ainda mais. Estas subtilezas são mais escancaradas que a descrição do sorriso, olhar ou gesto.
Tudo se resume a muito pouco. Tudo o que vale a pena é muito pouco comparando àquilo que a propaganda quer fazer acreditar, porque muitos de nós estamos muito vazios e o vazio compra!
Por tudo isto, mas não só, nunca me cansarei de dizer a verdade deste tempo, mesmo que muitas mais verdades tenha eu ainda que aprender, porque o que hoje é, amanhã foi e um dia era.
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